segunda-feira, 14 de outubro de 2013

(HISTÓRIA) GOVERNOS CAFÉ FILHO/CARLOS LUZ/NEREU RAMOS [1954-1955]: GOLPES E CONTRAGOLPES

Presidente João Café Filho

- Após o suicídio de Getúlio Vargas assumem respectivamente a presidência Café Filho (vice-presidente), Carlos Luz (presidente da Câmara dos Deputados) e Nereu Ramos (presidente do Senado). 


- Após o suicídio de Getúlio Vargas, assume o seu vice João Café Filho.
Café Filho foi goleiro do Alecrim Futebol Clube, um clube de futebol profissional de Natal, clube que até hoje é o único que teve em seu plantel um atleta que chegou ao posto de Presidente do Brasil. 
- Educado na Primeira Igreja Presbiteriana de Natal, foi também o primeiro presidente protestante do Brasil.
- É realizada uma nova eleição, onde o candidato do Partido Social Democrático (PSD) Juscelino Kubitschek é eleito presidente, tendo como vice João Goulart (chamado popularmente de Jango), o polêmico ministro do trabalho do governo de Vargas.
- Carlos Lacerda, que era da UDN - partido derrotado nas eleições - inicia em seu jornal Tribuna de Imprensa uma campanha desmoralizadora contra os candidatos eleitos. 
- Carlos Lacerda afirmava que JK teve somente 36% dos votos e que por isso não poderia ser eleito, pois não conquistara mais de 50% dos votos válidos (algo que não era exigido pelas regras eleitorais da época).
- Carlos Lacerda acusava ainda João Goulart de ser corrupto e de organizar uma milícia operária.
- Um coronel chamado Bizarria Mamede faz um discurso público violento contra o presidente e o vice-presidente eleito. Segundo as normas do código militar, esse tipo de discurso era ilegal.
- Apesar do período turbulento, Café Filho licenciou-se parar tratamento de saúde, deixando em seu lugar o presidente da Câmara do Deputados, Carlos Luz.

Presidente Carlos Luz

- O Ministro da Guerra, o general Henrique Teixeira Lott, exige punição ao coronel  Bizarria Mamede.
- Percebendo que Mamede não seria punido, o Ministro de Guerra se indispôs com o governo Carlos Luz e pediu demissão.
- Tendo agora o caminho livre para aplicar um golpe, Carlos Luz voltou atras. 
- O agora ex-Ministro da Guerra e General Henrique Teixeira Lott, coordenou um golpe de Estado e depôs Carlos Luz.

Presidente Nereu Ramos


- O poder foi entregue, então a Nereu Ramos, presidente do Senado.

- Restabelecido Café Filho foi impedido de retornar à Presidência devido à oposição da Câmara de Deputados, que manteve Nereu Ramos no poder.



- Como a situação política estava muito confusa, o Congresso decretou estado de sítio por 60 dias.
- Tem início uma tentativa de golpe dos udenistas (com o apoio de Carlos Luz), que tentam impedir a posse de JK e Jango, acusando-os de "comunistas" e por não conseguirem a maioria absoluta de votos. 
- Diante da iminência de um golpe para impedir a posse de Juscelino, o general Henrique Teixeira Lott , comandante do Exército, acabou se antecipado aos golpistas. 


Ministro de Guerra, General Henrique Teixeira Lott



- Com a autoridade de ministro que ainda lhe restava, ordenou ele mesmo um golpe para o dia seguinte.

- Tratava-se de um golpe preventivo, um contragolpe para evitar um golpe.
- Em 31 de janeiro de 1956, sob tensão política, tomaram posse o presidente eleito, Juscelino Kubitschek de Oliveira e seu vice, João Goulart.



Referências:

Livros

BARBEIRO, Heródoto; CANTELE, Bruna; SCHNEEBERGER, Carlos. História: de olho no mundo do trabalho.

BRAICK, Patrícia Ramos; MOTA, Myriam Becho. História: das cavernas ao terceiro milênio. 4ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1991.


COTRIM, Gilberto. História e Consciência do Mundo: 2º grau. 6ª ed. São Paulo: Moderna, 2012. 

VINCENTINO, Cláudio; DORIGO, Gianpaolo. História: geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2012.

Site


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